Durante muito tempo, o campo foi visto apenas como um espaço produtivo, onde a terra servia para plantar, colher e alimentar a população. Essa imagem, apesar de ainda ter seu valor, já não é mais suficiente para descrever o seu papel no Brasil atual. O que antes era apenas área rural se tornou território estratégico de inovação, desenvolvimento econômico e protagonismo global. A agricultura brasileira passou por uma verdadeira revolução nas últimas décadas, e essa transformação não foi apenas técnica, mas também cultural, econômica e social.

A partir da década de 1970, a expansão agrícola ganhou impulso com a ocupação do cerrado, antes considerado improdutivo. Esse avanço não teria sido possível sem a ciência por trás das novas tecnologias, das sementes adaptadas, da correção dos solos e do manejo inteligente da terra. O investimento em pesquisa agropecuária, tanto pública quanto privada, criou condições para que o campo se tornasse mais do que um espaço de trabalho e se tornasse um polo de conhecimento. Hoje, culturas antes restritas a regiões específicas se espalham por todo o país. A uva, por exemplo, floresce no semiárido; a soja prospera do Sul ao Norte, e o milho cresce em sucessão de safras com produtividade impressionante.

Essa mudança de paradigma também alterou o perfil do agricultor brasileiro. O produtor rural atual é um gestor, conectado com o mercado, atento às inovações e pronto para incorporar novas tecnologias. Equipamentos agrícolas com GPS, softwares de monitoramento, drones, sensores de solo e dados em tempo real fazem parte da rotina no campo. O agro brasileiro entrou de vez na era digital, e o campo se tornou uma vitrine de inovação aplicada. Isso explica por que cidades antes pequenas e agrícolas, como Sorriso (MT) ou Luís Eduardo Magalhães (BA), hoje são polos regionais de desenvolvimento, com infraestrutura robusta, agroindústrias e serviços sofisticados.

Os impactos dessa transformação vão além da porteira. O agro passou a ter papel decisivo no abastecimento interno, garantindo alimentos mais acessíveis e disponíveis para a população brasileira. Ao mesmo tempo, ganhou destaque nas exportações, levando soja, milho, carne, café, algodão e frutas para o mundo todo. Em 2022, o setor respondeu por quase metade das exportações brasileiras, mesmo durante um período afetado por uma pandemia. Esse desempenho só foi possível graças ao aumento da produtividade: enquanto a área plantada apenas dobrou desde 2001, a produção de grãos triplicou. Isso mostra que o crescimento do agro está fortemente ligado à eficiência e à tecnologia, e não apenas à expansão territorial.

Além disso, o campo ajudou a interiorizar o desenvolvimento no Brasil. A agricultura moderna impulsionou a criação de empregos, empresas, escolas, universidades, centros de pesquisa e serviços especializados no interior do país. Muitos municípios que antes dependiam apenas de ciclos de produção hoje têm economias diversificadas, apoiadas em cadeias produtivas sólidas. O campo deixou de ser isolado e passou a ser conectado com as dinâmicas do mundo urbano e globalizado. O agro brasileiro, com todos os seus desafios, é hoje uma das maiores histórias de superação e inovação do nosso tempo.

Nesse cenário de transformação profunda, surgem também empresas e iniciativas que trabalham lado a lado com o produtor, promovendo soluções que aliam produtividade, sustentabilidade e conhecimento técnico. A Viter faz parte desse movimento. Presente no dia a dia de quem vive da terra, atua com foco no cuidado com o solo e na nutrição das plantas, contribuindo para que os avanços do agro cheguem a todos os cantos do Brasil com responsabilidade e inovação.

O que vemos agora é apenas parte de um processo contínuo. O futuro do agro depende de mais investimento em ciência, educação no campo, sustentabilidade e políticas públicas que compreendam o potencial transformador do setor. O campo brasileiro já provou que pode ser protagonista, não apenas no PIB ou nas exportações, mas na construção de um país mais moderno, justo e integrado. E isso é mérito de milhões de produtores que, todos os dias, fazem da terra um espaço de progresso.