Para quem atua no campo, é muito importante entender o papel dos nutrientes no desenvolvimento das plantas. E entre os elementos que muitas vezes passam despercebidos, o cálcio ocupa uma posição de destaque. Ainda que seja mais lembrado quando falamos em correção do solo, sua importância vai muito além: ele influencia diretamente na formação dos frutos desde os primeiros estágios da florada até o momento da colheita.

A importância do Cálcio

O cálcio tem baixa mobilidade via floema, assim, sua translocação é reduzida. Assim que absorvido, ele é depositado em tecidos jovens, especialmente nas paredes celulares, fortalecendo a estrutura das células. Isso significa que sua presença constante durante o desenvolvimento dos tecidos vegetais, de flores e de frutos é crucial, já que uma falha nesse fornecimento pode comprometer a formação de estruturas reprodutivas, mesmo que os demais nutrientes estejam disponíveis em quantidades ideais.

Além de atuar nas estruturas celulares, o cálcio também atua na integridade das membranas e na resistência contra a entrada de patógenos. Culturas como tomate, pimentão, melancia e morango são especialmente sensíveis à deficiência do nutriente, mas as grandes culturas como soja, milho e algodão também apresentam perdas quando o elemento está abaixo do ideal.

Entendendo a jornada do cálcio no solo até os frutos

O cálcio chega às plantas principalmente pelas raízes, com destaque para a absorção via interceptação radicular quando dissolvido na solução do solo. Sua disponibilidade, porém, depende de uma série de fatores. Solos ácidos, compactados ou pobres em matéria orgânica tendem a apresentar baixos teores disponíveis, e nessas condições, mesmo que a florada seja promissora, o enchimento dos frutos pode ser comprometido.

Durante a fase de desenvolvimento reprodutivo, a demanda por cálcio aumenta consideravelmente. Em diversas culturas é comum que os produtores recorram à aplicação foliar ou quando possível realizem o fornecimento de cálcio via fertirrigação para suprir essa necessidade pontual. Já em cultivos como soja, milho e algodão, a antecipação via correção de solo com calcário e gesso agrícola tem se mostrado a forma mais eficiente de garantir bons níveis do nutriente ao longo do ciclo.

Os impactos visíveis e silenciosos da deficiência de cálcio

A falta de cálcio em estágios reprodutivos provoca consequências que vão além da aparência das plantas. Em culturas de hortifruti, os sintomas são mais visíveis: frutos deformados, podridões apicais e baixa qualidade comercial. Já nas grandes culturas, os sinais são mais sutis, como menor formação de vagens e grãos pequenos, impactando diretamente a produtividade final.

Como o cálcio não se movimenta em alta intensidade dentro da planta, ele precisa estar disponível de forma contínua no solo com destaque principalmente nas fases críticas do florescimento e frutificação. A quebra desse fornecimento resulta em falhas na estruturação dos tecidos novos, como raízes, flores, frutos e até na formação de sementes viáveis.

Algumas estratégias para garantir um bom nível de cálcio do início ao fim do ciclo

O planejamento nutricional do cálcio começa bem antes do plantio. A calagem é a prática mais comum para elevar os teores do nutriente e corrigir a acidez do solo. O uso de gesso agrícola também tem um papel importante em áreas com presença de alumínio em profundidade ou baixos níveis de cálcio nas camadas mais profundas ou onde é preciso aumentar o fornecimento de cálcio sem alterar o pH do solo.

Para as hortaliças e frutas, aplicações localizadas via fertirrigação ou foliares são indicadas em momentos estratégicos, principalmente em picos de exigência. O importante é garantir que o nutriente esteja acessível quando a planta mais precisa dele, e isso pode variar entre cultivos e estágios do desenvolvimento.

No caso da soja e do algodão, por exemplo, o cálcio contribui para a formação de estruturas produtivas bem desenvolvidas e aumenta a resistência das plantas ao estresse. No milho, influencia diretamente na formação dos grãos e no peso final das espigas.

É preciso ter um olhar mais atento para a nutrição completa

O sucesso da formação dos frutos começa com um solo equilibrado e uma planta bem nutrida. Nesses cenários, o cálcio deve ser visto como um aliado estratégico, e não apenas como um corretivo de solo. Ao cuidar da disponibilidade desse nutriente desde os primeiros estágios do ciclo, o produtor se antecipa a problemas comuns e promove maior qualidade, produtividade e longevidade para sua lavoura.

A escolha das fontes certas, o manejo em profundidade e o acompanhamento por meio de análises periódicas são as chaves para manter esse nutriente sempre disponível, seja para a florada de um tomateiro, formação das vagens em soja ou a formação das fibras no algodão.

Na prática do campo, contar com soluções eficientes e adaptadas a cada realidade é o que faz a diferença no resultado da colheita. A Viter atua justamente nesse ponto: oferecendo um portfólio completo de corretivos e condicionadores de solo com diferentes concentrações de nutrientes, incluindo cálcio e magnésio, formulados para atender às mais diversas necessidades agronômicas. Seja em HF, soja, milho ou algodão, existem alternativas ideais para cada fase da lavoura.